
ABSURDO
Em plenário quem votou a favor da mudança preferiu silenciar, inclusive o autor da proposta. Os vereadores contrários à matéria criticaram muito a iniciativa. Baylão utilizou inclusive a Palavra Livre para comentar o assunto. Por duas vezes ele apresentou requerimento – por escrito e oralmente – sugerindo o adiamento da votação da matéria para melhor estudo, mas a proposta foi rejeitada em ambas. Para Baylão é injustificável a Câmara aprovar um horário de início de sessão que inviabilize a transmissão ao vivo pelo rádio. “É um prejuízo muito grande para a questão da transparência e da democracia nos trabalhos do Legislativo”, opinou. O vereador do PT rebateu as justificativas apresentada por Tomás para defender a alteração do horário. Para ele, nenhuma delas – facilitar a presença de munícipes e a interação com os estudantes e possibilitar que os vereadores aproveitem melhor o tempo – se sustenta. Ele afirmou que não encontrou nenhuma pessoa que concordasse com o argumento de que o horário das 18h facilita a presença do público. Também considerou um absurdo a tese de que no novo horário os vereadores vão produzir mais. “Não tem cabimento”, comentou. Foi enfático quando lembrou o terceiro argumento que defende a mudança por ser melhor para a Sessão de Estudante, programa proposto pelo próprio Tomás e que vai acontecer uma vez no ano. “Vamos mudar a sessão do Legislativo por causa de uma sessão do estudante?”, questionou. Para Baylão existe uma única razão que justifica a mudança do horário de sessão: dificultar a transmissão ao vivo na íntegra. Em sua opinião o novo horário contradiz o artigos 100 e 101 do Regimento Interno da Câmara, que prevê “ampla publicidade às sessões da Câmara, facilitando-se o trabalho da imprensa”. Dirigindo-se diretamente ao vereador Tomás, Baylão lembrou que sua proposta anula iniciativa do vereador Landão, autor da proposta do horário das 20h e seu companheiro de partido e bancada. Argumentou que o vereador do PSDC é o mais votado da história de Bariri e fez o projeto atendendo solicitação da população de Bariri. E concluiu: “fica esquisito que um vereador que é do mesmo partido do Landão e que só foi eleito graças ao voto da legenda, peça para revogar um projeto que resultou de solicitação do povo e que foi proposto pelo vereador do povo”.